Porta Dos Teus Sonhos

Sonhar = Entregar-se a fantasias e devaneios

quarta-feira, novembro 29, 2006

Falsos Horizontes



Há alguns anos que decidi sobre a minha estrada existencial. Diariamente alinho a direcção
para que consiga manter o rumo que escolhi e que acho certo. Uma espécie de aposta da minha parte.
O facto de me conhecer (bem) profundamente ajuda-me a encontrar na maior parte das vezes a estrada certa no mapa das minhas decisões.
Sempre tive a noção que a felicidade não existe! Existem sim, momentos felizes que fazem a vida mais feliz. A procura desses momentos é para mim e para o comum dos mortais uma necessidade diária que não deve prescrever nunca.
Ter na vida desilusões, frustrações, problemas etc, etc, é inevitável. Ser derrotado por eles é opcional.
A nossa vivência tanto pode ser um drama apaixonante, uma comédia empolgante, ou uma tragédia deprimente. Tudo dependerá de como a queremos viver e de como a queremos encarar.
Mas sempre, sempre com uma dose grande de doce loucura….

sábado, novembro 25, 2006

Mar do Cabedelo


Eu quero ser esse mar, que tanto me encanta e fascina.
Eu quero que mergulhes em mim bem lá no fundo da minha alma, onde muito poucos conseguiram chegar, que explorasses cada bocadinho de mim, descobrindo-me e desvendando todos os meus mistérios.
Eu quero ser esse mar, para poder molhar-te com toda a minha paixão, colar-me no teu corpo como o sal e estar em cada poro da tua pele.
Quero ser tanto... e tão pouco que sou...

Eu quero ser esse mar, tocar no teu corpo quente causando-te arrepios, suspiros, delírios, fortes emoções que somente quero dar a ti.
Eu quero ser esse mar, para ser as ondas do teu dia….
Ah!.. Eu quero ser tanto... e tão pouco que sou.
Mas o que sou ofereço-te, apesar da distância que nos separa.


foto: Sergio Pinto

quinta-feira, novembro 23, 2006

Saudade de Ti

São para ti estas palavras. Para ti, que me cativaste de uma forma proibida.
Estou aqui, tentando escrever algo diferente do que já escrevi, do que já senti. Mas acho difícil, ao menos que escreva de um modo diferente.
Olho um ecrã que espera pelas minhas palavras. Não sou poeta nem procuro ser, sou antes um sonhador… Escrevo o que o coração pede e a alma ordena.
Gostaria de poder estar contigo, neste minuto, sentindo o teu coração a bater no mesmo compasso do meu. Sentir o teu toque e deixar os teus lábios percorrerem o meu corpo com vontade em descobrir um detalhe que ninguém conhece!
Talvez, agora, enquanto lês estas palavras, eu esteja aí, ao teu lado, olhando dentro dos teus olhos como quem quisesse ver o que teu coração demonstra… mais tarde quando fores dormir, sou quem estará nos teus sonhos satisfazendo os teus desejos mais íntimos.
Quero sentir as tuas mãos trémulas, apressadas a despir o meu corpo e acariciando o meu rosto, os teus lábios macios, molhados, delicados na minha pele, seduzindo a minha razão.
Não quero ter hora nem local, não quero parar para pensar, só quero sentir a paixão envolvida pelo perigo, pela emoção e pelas nossas loucuras secretas, só nossas.
Quero que me tires do sério, sejas a minha insanidade, deixando-me completamente louco, amante e desejado....
Saudades de ti... é tudo o que eu consigo dizer neste momento, pois é exactamente isto o que eu sinto…




Fotografia de A.Brito
Para ler ao som de "Misty" de Johnny Mathis

quarta-feira, novembro 22, 2006

Estou Aqui


Estou aqui para ti.
Saboreia-me como uma casta única, que sou
Aprecia-me como uma obra prima em tons que te tornarão mais feliz
Deixa-me envolver-te como se um perfume se tratasse
Acompanha-me, alimenta-me
Na escuridão dos nossos dias deixa-me ser a luz que te ilumina,
A sombra sempre presente
A loucura que queres, a paixão que desespera, a luxúria que nos liberta
Estou aqui para ti
Ser o teu horizonte quando procuras a entender o inexplicável
O mapa das estrelas que te guia aos prazeres que procuras, mas,
Ao invadir-te, conquisto-te e em cada palavra que te escrever irás ser
levada á imortalidade das nossas memorias
Por isso estamos aqui os dois, frente a frente, olhos nos olhos procurando aquilo que nos faz falta….


Fotografia de Erwan Barbey-Chariou
Para acompanhar recomendo: Paul Hardcastle – “Smooth jazz is bumpin”

segunda-feira, novembro 20, 2006

Procuro-Te


Nestas minhas viagens pelo mundo dos blogues tenho encontrado verdadeiras pérolas de escrita que me deixam rendido á beleza que essas pessoas devem ter no seu interior!
Se por um lado fico com “inveja” de não ter esse dom de dominar as palavras que nos saem do coração, por outra lado fico contente por ainda haver estes poetas desconhecidos que nos maravilham e nos fazem sonhar.
Hoje, enquanto procurava alguma inspiração para escrever este post encontrei um poema que me fez ficar com “pele de galinha” pois representa fielmente o meu estado alma.
Não sei se eu mesmo teria a capacidade de me definir tão bem como quem o escreveu.
Deixo uma luz para me encontrarem...


“…
Procuro-te,
Não sei quem és,
Qual o teu cheiro,
A cor dos teus olhos.
Mas procuro-te.
Sei que vagueias por este mundo…por isso
Procuro-te.
Sonho-te, sinto-te…imagino o teu olhar a cair no meu.
Procuro-te,
Nos rostos que chegam e acabam por partir sem me fazer sentir que te achei.
Procuro-te,
Sim, com todas as forças.
Procuro-te,
Tu…que me farás pecar,
Tu… que me despertarás os sentidos.
Tu…que me devolverás a paz,
Procuro-te
Não sei quem és.Não conheço os teus sonhos.
Procuro-te
Persigo os olhares que cruzam os meus olhos.Imagino os teus passos.
Procuro-te
Nos recantos da minha Alma.
Procuro-te
Nos desejos escondidos, nas ilusões e fantasias
Onde provo o doce sabor dos teus beijos.
Procuro-te.
Para depois te perder
Para depois me perder.
Procuro-me…
“….

Autora: Desassossego - Blog Interstícios
A fotografia que escolhi é de Edgar Moreno

domingo, novembro 19, 2006

Pedras no Caminho ?

foto de J.Magalhães



Este meu "post" representa para mim um lema de vida. É como uma "oração" sobre os meus actos, os meus pensamentos, os meus dias.
Espero que o mesmo se possa vir a passar com vocês.

"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo.
E que posso evitar que ela vá a falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver,apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um "não".
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo..."

(F.Pessoa)


quarta-feira, novembro 15, 2006

Aeroporto CDG


Tenho de esperar cerca de 3 horas pela minha ligação para o Porto o que quer dizer que vou apanhar uma seca enorme.
Gasto uma pequena fortuna na livraria do aeroporto e dirijo-me para um dos bares para “matar” o tempo. O dia está lindo e apesar de ser Outono a luz de Paris faz-me lembrar a Primavera.
Enquanto espero pelo meu pedido lanço o meu olhar pela cafetaria. Homens em maior numero, aparentemente em viagens de negócios, uns casais de nórdicos muito morenos e um grupo de miudos de mochilas ás costas. Num canto pouco visível, pelo menos de onde me encontro está uma mulher jovem a ler um livro que, pelo estilo, me faz lembrar alguém. Apesar de estar de costas quase que juro que a conheço.
Enquanto tomo o meu chá e leio o meu jornal reparo que ela mudou de posição e…. mas é a Maria Eduarda!! Os nossos olhares cruzam-se e ela sorriu com aquele olhar de .....mas o que estás a fazer aqui...??.
Maria Eduarda é uma amiga muito próxima que em tempos idos me fez ver a vida de outros modos. Sem ser uma mulher bonita é sem duvida uma mulher com um charme incrível. Eu costumo dizer que ninguém nasce com estilo mas quem dominar a arte de entender o seu corpo consegue efeitos milagrosos. Vestida com um tailleur “pied de poule”, meias e sapatos pretos, carteira Longchamps e casaco Burberry fez-me (re)ver que a elegância dela não desapareceu com os anos.
É possível construir uma imagem elegante, independentemente de estar ou não em dia com a dieta. A lógica é sempre a mesma: diminuir volume onde há excesso e aumentar onde há falta de recheio. "Mais importante do que saber o que usar é reconhecer o que não se pode usar”, dizia alguém entendido nestas andanças.
Claro que pusemos a conversa em dia e como tínhamos tanto para conversar tivemos de resumir o mais possível. Fiquei feliz por saber que ela estava bem casada, mãe de 2 filhos de 2 e 4 anos e estava presentemente a viver em França. Recordamos tempos de loucuras o que ela me disse:
- Queres ir recordar esses dias? Estamos rodeados de hotéis e temos ainda tempo !
Dei uma gargalhada tão alta que toda a gente olhou para mim. Doce loucura.
Sempre que estamos bem o tempo há-de teimar em passar mais depressa.. Bolas !
Prometi encontrar-me com ela para revivermos esses dias para isso fiquei com o seu contacto. Um beijo selou esse compromisso.
O meu corpo pede cama mas o melhor que lhe posso oferecer é um assento de avião e como já diz o povo, quem dá o que tem a mais não é obrigado.
A bientôt.

terça-feira, novembro 14, 2006

Good Bye India




Estou já de partida deste país que me emocionou pela sua identidade mas que me chocou pela sua pobreza. Tenho muito para contar mas ficará para outros posts.
Num dia em que não é permitido o consumo de álcool, despeço-me do mordomo que tratou dos meus aposentos com uma gorjeta que o fez sorrir de orelha a orelha.
Rajeem e o seu uniforme branco estava já na recepção preparado para me levar ao aeroporto. Apesar de ser 1 da manhã o transito continua infernal como sempre. Mais uma corrida, mais uma viagem, mais uma aventura.
Demoramos quase 1 hora a chegar o que quer dizer que não vou ter tempo para comprar as ultimas lembranças. Pior ainda… vejo que está uma fila enorme para passar o controle de passaportes e arrisco-me a perder o voo. Tanto é que passado 15 minutos oiço o meu nome com sotaque indiano no sistema de som que me diz que se não apareço tão depressa fico em terra! Consigo falar com um polícia que me ajuda a chegar mais depressa ao controle e 5 minutos depois estou dentro do avião.
A função cardíaca está acelerada e o stress criado deixa-me agitado. Chamo a hospedeira e claro, champagne s´il vous plait!
Novamente junto ás estrelas, seleciono um canal de musica para me ajudar a adormecer. Quem começa? George Benson, boa..!
Até amanhã, em Paris.

domingo, novembro 12, 2006

Bombaim 2

Acho que é impossível não sofrer, por alguns dias, um imenso choque cultural quando se está aqui. Tudo é completamente diferente. É inevitável não perceber o contraste entre os dois mundos, a paisagem deslumbrante e a extrema pobreza que incomoda em praticamente todos os lugares. E o choque ainda tem um significado maior quando eu saio de um lugar deslumbrante (o meu hotel) e encontro nas ruas milhares de pessoas na miséria absoluta.
Esta metrópole de 16 milhões de pessoas assusta pela sua grandeza. Um brasileiro que conheci no Hotel disse-me que Bombaim lhe fazia lembrar as favelas do Rio mas sem a violência de lá!
Esta cidade é desmesurada, asfixiante, superlotada, poluída, sufocante, atravancada, congestionada pelo tráfego e emana as visões e os odores mais aterrorizantes da pobreza e da doença. Aquela gente sobrevive ali, na rua, dia após dia, apesar da poluição, do calor insuportável, da desnutrição, da sujeira, do barulho dos carros que passam a toda hora, dos acidentes, das doenças, dos ratos enormes, das sarjetas fedorentas e das inundações provocadas pela monção. Mas, segundo os meus amigos Indianos, eles são felizes.
Felizes, sim, de uma certa maneira, por terem conseguido chegar a esta cidade monstruosa, que pode tomar-lhes tudo ou dar-lhes a oportunidade de sua vida. Nunca chegaram tão perto do seu mini-sonho americano. Eis exactamente o que Bombaim representa aos olhos desta gente.

Bem, mas não quero fazer um roteiro da Índia. Quero explorar outros caminhos desta terra.
Depois de um dia de reuniões chego ao hotel cansado e a pensar na massagem que recebi quando cheguei. Infelizmente não vai dar para repetir porque tenho o meu agente á minha espera para jantar.
Tenho passado muita fominha aqui pois além dos cuidados com a agua o tipo de alimentação corrente não se adapta á minha pessoa o que faz com que só coma frango. Aqui é tudo picante e quando me dizem “ no spicy” significa que no mínimo tenho de beber 1,5 l de água para acalmar a minha língua!
Á hora marcada Maneesh lá estava á minha espera. 25 anos, bom aspecto, cursado em Oxford (UK) casado, 1 filha.
Lá fomos nós no seu TATA (outra vez) a um restaurante Italiano (?) para que eu pudesse comer um pouco mais! Maneesh é director numa empresa onde trabalham cerca de 50.000 pessoas!! Pertencente a uma “casta” acima da média a sua simplicidade e timidez me surpreende. Pergunto-lhe como é a vida dele, da mulher, do sexo, enfim como se vive na India.
Curiosamente na terra do Kama Sutra, o sexo antes do casamento parece ser coisa rara pelo menos na maior parte da população jovem. O casar virgem é algo ainda sagrado para muitas famílias e só muito recentemente a população universitária se aventura na descoberta do corpo. A prova evidente é que nesta terra de Bollywood não há filme que apresente aqueles beijos molhados ou outras tentações da carne! Pergunto-me como será que vive um ocidental por estas bandas. Mas como tudo na vida não há fumo sem fogo!
Depois de comermos um pizza muito manhosa e cheia de manteiga que mais parecia o pão torrado que faço ao pequeno-almoço fomos até um bar acabar a noite.
Chegamos ao Bay Bar e de imediato reparei que pobrezinhos aqueles Indianos(as) não eram. Ralph Lauren e Tommy Hilfinger estavam no top das camisas deles e Replay nos jeans delas!
Agora compreendo porque é que a Índia deu 3 misses mundo nos últimos anos.
Ao som dos U2 e a 40º C de temperatura fomos lá enfrascar umas cervejolas porque isto não pode ser só trabalhar!

sábado, novembro 11, 2006

Bombaim


Mumbai ou Bombaim

O primeiro sentido que me diz que estou na Índia é o olfacto. Um cheiro enjoativo a couro entra-me pelas narinas despertando-me de um sono ainda presente!
Sempre fui sensível aos cheiros e aqui vou ter de me adaptar. O calor é também sufocante mas isso não me preocupa.
Depois das burocracias habituais e ainda dentro do aeroporto procuro o meu transfer para o Hotel numa parede feita de taxistas, motoristas de hotéis, particulares á procura de ganhar uns cobres que de folha branca em punho mostram o nome da pessoa por quem esperam.
Deviam ser uns 100 o que criavam uma parede em “patchwork” curiosa! Finalmente encontrei o Rajeem, o meu motorista que de uniforme imaculadamente branco me conduz ao meu transporte. Luvas brancas e boné completavam a vestimenta.
Fiz a minha pose de alguém importante (aham!) pois carro com motorista de uniforme não é todos os dias. Será um Rolls ? um Bentley ? um Mercedes ?
Quando chegamos junto á viatura que me levaria para o Hotel verifiquei que se tratava de um TATA que é um Opel corsa dos antigos versão made in Índia o que me fez voltar á minha realidade. Que querem? Sou um sonhador!!!!.
- Here we are, Sir, disse Rajem com aquele sotaque inglês tão particular nos Indianos.
Seguimos em direcção ao Hotel numa das viagens mais extraordinárias da minha vida.
Os meus amigos que aqui estiveram falaram-me sobre o trânsito e eu achei que estava preparado mas aqui o caos é total! Engarrafamentos em todo o lado, toda a gente a buzinar, a fintar os sinais de trânsito ou a falta deles!
Os Tutuc atravessavam aquelas avenidas como se um concurso de gincanas se tratasse! Eu achei incrível não ter tido nenhum acidente até ao hotel. Enquanto eu ia um pouco assustado com o que ia acontecendo o meu motorista agia como se fosse a coisa mais natural do mundo.
- We are almost there, sir, dizia com um sorriso branquinho que contrastava com a cor da pele.
Assim aconteceu. Um hotel lindo, moderno, majestoso.
O porteiro que me abriu a porta fez-me lembrar o Sandokan. Era um sik alto, espadaúdo, com turbante e uns bigodes enormes.
- Welcome to Mumbai, sir.
O meu agente indiano esperava por mim junto da recepção onde as recepcionistas indianas (lindas!) com os seus típicos saris me fizeram sentir em casa.
Quando chegamos ao quarto informaram-me que teria um mordomo á minha disposição 24 h por dia além de outras mordomias que tentarei escrever mais tarde. O quarto era enorme, talvez o maior em que eu estive. Maneesh, o meu agente disse-me:
- Deves ter cansado. Tenho uma surpresa para ti.
Chega uma Indiana lindíssima (mais uma) que me diz algo assim:
- Por favor tire a roupa e vista o roupão. Vou faze-lo sentir mais relaxado. Epa !
Calma, nada do que vocês estão a pensar, hehehe. Nos 60 minutos seguintes, recebi uma autêntica massagem indiana que me deixou novo em folha.
Tudo isto ao sabor de um pau de incenso e de musica tipica Indiana que tornava aquele quarto digno das mil e uma noites.
E eu bem que precisava.

sexta-feira, novembro 10, 2006

Junto ás estrelas

Fotografia de Luis Rosa

Escrevo este post a uns milhares de pés de altitude encostado neste airbus quase vazio.
No ecrã á minha frente a “minha“ Nelly Furtado no seu vídeo “promíscuos girl” afasta-me de um sono que já devia ter chegado. Mais uma viagem de negócios, mais umas noites de hotel. Sozinho.
Ela está linda…Lembrei-me do meu post da mulher dos meus sonhos.. Acho que ela personifica a minha beleza de mulher…a sensualidade é elevada. Acho que me apetece sonhar com ela.
Não tenho andado com vontade de escrever nada se bem que tenho muitas ideias para passar ao papel mas o trabalho é muito e o tempo é .. nenhum.
A hospedeira pergunta-me se quero beber alguma coisa. Sorrio e peço-lhe champagne , sim porque isto de ir em executiva tem destas mordomias. Procuro os meus calmantes. Hmmm..Champagne e calmantes, uma mistura a explorar !!!
Eros Ramazzoti e Anastacia degladiam-se num “ I belong to you” e algo que me diz que vamos entrar num set de musicas para fazer bebés…
Qualquer dia vou fazer vou dedicar um post a este tema… afinal uma musica envolvente sempre cria uma clima propicio á descoberta desses prazeres que nos fazem maravilhas.
E eu não digo ? Agora é Caetano Veloso e “coisa mais linda”. Desta eu gosto. Mas ninguém me tira o meu Barry White!
Acho que vou dormir. O Champagne e os calmantes estão a fazer efeito. Tenho saudades vossas. “Put your head on my shoulder” me levará para a vosso meio.

domingo, novembro 05, 2006

Um Domingo Como Este


Fotografia de Ricardo da Costa


O que tu és influencia as tuas atitudes. O mínimo que podes fazer por ti é cuidar das tuas ideias para que elas te ajudem nas tuas acções.
E uma sugestão.. Como sabem adoro smooth jazz.
www.smoothjazz.com Uma óptima companhia para Domingos como este.

Watch your thoughts; they become words.
Watch your words; they become actions.
Watch your actions; they become habits.
Watch your habits; they become character.
Watch your character; it becomes your destiny.
Frank Outlaw






Infidelidade Virtual (ultima parte)


Num tempo que hoje me parece muito distante do que realmente é, o homem dava as cartas. O homem dava o primeiro passo. Hoje as mulheres estão cada vez mais independentes e as regras são muito mais incertas.
Falar de relacionamentos extraconjugais é como pisar um campo minado, pois parece não existir meio-termo no que diz respeito à discussão. Linhas de pensamento acreditam que é impossível uma pessoa se manter fiel, pois é natural do ser humano essa questão da poligamia. Outros pregam a fidelidade acima de tudo, para o sucesso de uma relação amorosa.
Acho que ninguém em sã consciência gosta de ser enganado, seja homem ou mulher.
Não quero julgar se as infidelidades são certas ou erradas, mas acredito que cada homem ou mulher possui algum motivo para tomar essas atitudes.
Mas não quero deixar de fechar esta trilogia com a inclusão de um site em que a autora inverteu uma reacção negativa para algo divertido e muito inteligente. www.traída.net.
Simplesmente fantástico.

sexta-feira, novembro 03, 2006

Infidelidade Virtual ( Parte 2 )


Hoje em dia acho que quase toda a gente tem ou teve pela Internet uma história fantástica para contar (de amor, de paixão, de desejo, sexo, etc.). Ficar em frente ao PC a falar com alguém desconhecido, de procedência completamente aleatória e que nos prendeu de uma forma diferente mas ousada é de facto um desafio que não podemos resistir.
Estas conversas são alternativas perfeitamente aceites por pessoas, como eu, esmagadas por rotinas, pelas pressões, obrigações, enfim tanta coisa que procuramos nos evadir de alguma forma.
È de facto uma loucura saudável, um vicio, mas continuo a dizer que desde que saibamos o que estamos fazer os riscos são mínimos.
Tanto é que, como a minha vida profissional não me permite uma vida social abrangente encontrei na WWW um meio curioso para conhecer novas pessoas.
O extraordinário é que atendendo a especificidade da “coisa” as pessoas dão-se a conhecer de uma forma contrária ao habitual, Isto é, de dentro para fora o que as torna sempre mais verdadeiras.
Claro que podemos criar um personagem virtual mas alimenta-lo de uma forma coerente é sempre difícil e só mesmo pessoas com muita subtileza o conseguem fazer. Afinal até o melhor actor/actriz se engana em palco!
Tudo isto para dar um testemunho pessoal de alguém que conheci aqui há já algum tempo e que se tornou uma das paginas mais interessantes da minha curta biografia.
Depois de conversas banais num desses chats emergentes iniciei uma conversa com uma pessoa que pelos termos que utilizava e pelo sentido de humor bastante peculiar me cativou de imediato. Notei também que o nick que utilizava (por aqui também poderemos ver como podemos ser diferentes entre iguais) era original.
A conversa foi fluindo e perguntas tipo BI não entraram na ementa o que aumentou ainda mais a minha admiração.
No dia seguinte estávamos lá novamente e assim foi durante semanas, meses..
Nunca trocamos fotografias pois gostávamos de imaginar como cada um seria e fomos construindo o nosso perfil ao longo desse tempo.
Claro que fizemos tudo o que se pode fazer virtualmente até que um dia combinamos nos encontrar. Realizamos esse desejo 4 meses após a nossa 1º conversa. O virtual tornou-se real.
Uma coisa eu tinha a certeza. Não era possível que com as premissas que já tínhamos disponibilizado um ao outro, pudesse ser um encontro desagradável ou frustrante. Eu acreditava que a interiorização das pessoas físicas que nós éramos iria correr lindamente. No entanto dada a proximidade que as nossas almas chegaram tudo era relativo...quando os nossos olhos querem ver um arco-íris, até a maior tempestade não o consegue impedir. Mas foi algo de inesquecível o que aconteceu pois revivemos tudo aquilo que escrevemos no teclado durante todo este tempo.
Ainda hoje nos falamos quase diariamente apesar de milhares de Kms nos separarem.
Mas tudo isto foi construído de uma forma sustentada, credível pois paixão virtual não é paixão platónica. Na paixão platónica você conhece um sapo e idealiza uma princesa encantada, no virtual, você conhece uma princesa encantada, e ops… ela é um sapo.